Projeto Ação Quilombola: Inclusão e Sustentabilidade avança no oeste do Pará

Atividades destinadas ao fortalecimento de comunidades quilombolas marcam a atuação do projeto no mês de novembro.
Foto: Gustavo Pimentel/Ecam

No último mês, cerca de 100 quilombolas do município de Moju-PA participaram das ações do Projeto Ação Quilombola: Inclusão e Sustentabilidade. As atividades, realizadas na região, oportunizaram o fortalecimento de associações quilombolas, o planejamento de atividades para o próximo ano e reuniões para a ampliação das ações em outras comunidades. O projeto faz parte da Lumi, iniciativa que surgiu da parceria entre a Ecam Negócios Sociais e Humana.

Ação Quilombola: Inclusão e Sustentabilidade é o nome do projeto que atua desde fevereiro no municípios de Moju, propondo ao lado das comunidades quilombolas e instituições locais, ações fundamentadas em 3 pilares: fortalecimento das associações, difusão das boas práticas da produção agrícola e a inclusão digital nos territórios.

Na Comunidade Quilombola Conceição do Mirindeua, situada no território de Jambuaçu, por exemplo, o projeto está apoiando na atualização do estatuto da associação, que há muito tempo tinha o desejo de implementar uma governança mais colaborativa e trazer maior transparência para as ações entre a secretaria executiva e os seus associados. O processo começou a ser realizado em setembro e contou com o auxílio de advogados quilombolas, para trazer mais reconhecimento.

“Precisamos ter nosso estatuto atualizado com todas as competências que queremos abranger. Por isso, que o apoio do projeto nesse processo foi tão importante, pois também trouxe advogados quilombolas e, em decorrência disso, mais confiança para a diretoria executiva e a comunidade”, Anderson, presidente da Associação Remanescente de Quilombo Conceição do Igarapé Mirindeua.

No mesmo mês, o projeto também levou oficinas para auxiliar associações do território a pensarem estrategicamente em ações para o ano de 2022, uma vez que as comunidades passam por processos de pressão, devido à participação em grandes projetos.“A parceria entre Lumi e Bambaê está sendo fundamental para o fortalecimento das lutas das comunidades quilombolas de Jambuaçu, assim como para o fortalecimento institucional da nossa associação Bambaê”, destaca Nonato Cardoso, presidente da Bambaê.

Para além das ações em Jambuaçu, a atuação do projeto vem despertando a atenção de comunidades localizadas próximas ao território, como é o caso da Comunidade Quilombola de Juquiri, que há algum tempo acompanhava as atividades da iniciativa e, em novembro, propôs uma conversa para conhecer melhor as atividades. “Os três pontos de atuação do projeto Ação Quilombola: Inclusão e Sustentabilidade, implementado pela Lumi, são muito interessantes. Essa parceria vai ser muito importante para o desenvolvimento da Comunidade Juquiri”, destaca Ocilene, presidente da Associação Remanescente de Quilombo Novo Palmares da Comunidade Juquiri.

Ao todo, o projeto trabalha com 10 comunidades quilombolas do município de Moju e já tem prevista para o próximo mês ações de planejamento estratégico para as Comunidades Ribeira e Poace e a validação do estatuto da Comunidade Quilombola de Jacundai.

Sobre a Lumi

A Lumi trabalha para construir estratégias para o desenvolvimento territorial, que sejam inclusivas e centradas nas pessoas, enfatizando a intersetorialidade, a governança compartilhada e apoiando a estruturação de territórios, a partir do fortalecimento das capacidades dos atores locais.

A Lumi faz parte da Ecam Negócios Sociais. Saiba mais em: http://ecam.org.br/negocios-sociais/–