Adolescente afirma que um professor da instituição passou a mão em seus seios. A polícia investiga o ocorrido.
Um ambiente saudável de ensino é onde alunos, pais e profissionais estabelecem um relacionamento com base no respeito, confiança e diálogos. No entanto, infelizmente, nem sempre é isso que ocorre e o local, que deveria ser seguro, se torna perigoso.
Recentemente, um professor de uma escola particular detradição em Belém, foi denunciado por uma série de atos que ocorreram dentro doambiente escolar. Adalberto Siqueira Sanches Júnior está preso sob acusação de estupro de vulnerável.
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Nesta terça-feira (9), mais um caso contra professor ganhou holofotes. Um ex-diretor de ensino do Campus Ananindeua-IFPA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará) está sendo acusado de importunação sexual por uma aluna.
Segundo a denúncia, o caso ocorreu em janeiro de 2020, mas foi denunciado apenas em novembro deste ano. A adolescente, que tinha 15 anos na época do ocorrido, participava de uma programação escolar quando o professor apalpou os seus seios. Um ano depois do ocorrido e após perder o medo de denunciar, a jovem resolveu contar para a sua mãe como tudo ocorreu e levar o caso para a Justiça.
“Na época, o professor, que também era diretor escolar, havia organizado uma visita técnica da turma de informática em Mosqueiro. No final da visita, nos levaram para uma espécie de pousada. Quando chegou a hora de todos irem embora, os alunos decidiram tomar banho para tirar a areia do corpo, eu já tinha tomado banho, estava usando apenas um top, enrolada com a toalha e uma calça comprida. Passava creme no cabelo, distraída, quando ele veio por trás de mim e apalpou o meu seio, perguntando se eu estava gostando do passeio”, contou a vítima.
Em relato ao DOL, a jovem se disse bastante abalada pelo que ocorreu e que na ocasião não queria nenhum tipo de escândalo, além do receio em se ver exposta. Porém, mais de um ano após o ocorrido, com o apoio de profissionais da instituição e da sua mãe, decidiu denunciar o caso.
Além do Boletim de Ocorrência registrado, a jovem fez a denúncia na ouvidoria do IFPa, mas ela afirma que até o momento ninguém da direção se manifestou sobre o assunto.
O DOL procurou a Polícia Civil, que informou que “está investigando o caso de importunação sexual, sob sigilo”.
O DOL também procurou o IFPA, que emitiu uma nota afirmando que “não recebeu nenhuma denúncia formal a respeito do caso da estudante” e que “não há nenhum registro, solicitação ou autorização, de visita técnica no Campus Ananindeua no mês janeiro de 2020, portanto desconhece que a situação possa ter ocorrido dentro do contexto educacional do Instituto”, mas reforça que “apesar de não ter ciência do ocorrido, o IFPA reafirma sua posição de instituição de educação pública, gratuita e de qualidade e repudia qualquer tipo de assédio moral ou sexual”.
O IFPA também ressaltou que “toda e qualquer denúncia envolvendo o Instituto deve ser reportada à Ouvidoria, que apura, sigilosamente, todos os casos encaminhados, seja por estudantes ou servidores. Por se tratar de uma apuração sigilosa, apenas as partes têm acesso ao andamento do processo e não cabe ao IFPA acompanhar ou tomar nota”.
O crime de importunação sexual é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem seu consentimento, ou seja, toques inapropriados ou beijos “roubados”. A lei prevê prisão de 1 a 5 anos.