Dia do Cardiologista: especialistas do HRSP esclarecem mitos e verdades sobre hipertensão arterial

Conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial é uma doença crônica, sem cura, mas que com os cuidados adequados, pode ser controlada
Foto/Divulgação: G1

De acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 35% dos brasileiros são hipertensos e a cada dois minutos uma pessoa vai a óbito no país por conta de complicações decorrentes da doença. No período de um ano, o número pode chega a 300 mil mortes. 

Neste sábado (14) é comemorado o Dia do Cardiologista, e para lembrar a data, especialistas que atuam pela Pró-Saúde no Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, no sudeste do Pará,  alertam a população sobre os perigos da hipertensão arterial, esclarecendo mitos e verdades sobre a doença. 

Segundo David José Oliveira Tozetto, cardiologista da unidade que pertence ao Governo do Estado do Pará, a hipertensão arterial, popularmente chamada de “pressão alta”, trata-se de uma doença crônica e degenerativa, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. 

“A pressão arterial é fundamental para o equilíbrio do organismo. Ela é a força que faz com que o sangue circule pelas artérias e chegue a todos os tecidos. Quando o sangue é bombeado, ele é ‘empurrado’ contra a parede dos vasos sanguíneos. Esta tensão gerada na parede das artérias é denominada pressão arterial”, explica. 

Ainda de acordo com o especialista, uma pessoa é considerada hipertensa quando sua pressão fica maior ou igual a 14 por 9 na maior parte do tempo. A partir desse limite, o risco de ocorrer doenças cardiovasculares, renais, entre outras é muito maior. 

Sintomas e tratamento 

Para Alexandre Rocha, cardiologista e diretor clinico do HRSP, na maioria das vezes, a pressão alta não apresenta sintomas, em pouquíssimos casos pode haver dor de cabeça, zumbido no ouvido, visão turva, tontura, dor no peito e palpitações. 

“Os principais fatores de risco da doença são a obesidade, sedentarismo, má alimentação com excesso de comida industrializada, excesso de sal, entre outros. Apesar de ser mais comum com o início da terceira idade, a hipertensão pode afetar também os jovens e adultos”, ressalta. 

O profissional ainda explica que a hipertensão não tem cura, mas tem controle, por isso é importante consultar um especialista para entrar com a medicação adequada, além de adotar um estilo de vida saudável, com atividades físicas, dieta balanceada, além de evitar hábitos prejudiciais como o cigarro e o álcool. 

Mitos e verdades

Basta retirar o sal da comida
Mito. O sal que colocamos na comida não é um grande vilão, mas sim um dos fatores de risco para a hipertensão. É preciso ficar de olho na quantidade de sal nos alimentos, principalmente os industrializados. 

O estresse aumenta a pressão arterial?
Sim, é verdade. O estresse é um grande vilão, pois aumenta a estimulação do sistema nervoso, provocando elevação da pressão arterial, redução da circulação de sangue nas coronárias e instabilidade elétrica do coração. 

O álcool pode prejudicar no controle da pressão arterial?
Verdade. O consumo de bebida alcoólica em excesso eleva a pressão arterial e está associado a maior risco de morte por doenças cardíacas. O recomendado é que o consumo das bebidas alcoólicas seja de moderada para evitar complicações. 

Quem tem pressão alta corre risco de infarto e outras doenças do coração?
É verdade. Quando se tem a pressão permanentemente alta, alguns órgãos podem ser afetados, como derrame e infarto, os rins podem funcionar de modo insuficiente, sendo necessário realizar hemodiálise. 

Referência cardiológica

Em 2020, o Regional do Sudeste do Pará realizou mais de quatro mil procedimentos cardiológicos, entre consultas e exames de média e alta complexidades. Com atendimento 100% SUS (Sistema Único de Saúde), é referência para mais de 22 municípios. A unidade conta com uma equipe especializada no atendimento cardiológico. 

Agência Pará