A iniciativa é da Arqmo em parceria com a Mineração Rio do Norte junto ao grupo pela vida no Trombetas.
Por: Martha Costa
Aproximadamente 13 mil máscaras foram confeccionadas e doadas a comunidades e instituições em situação de vulnerabilidade social no município de Oriximiná, na região da Calha Norte do Pará. Este foi o segundo chamamento realizado neste ano para as mulheres costureiras das comunidades e periferia de Oriximiná, que puderam receber entre R$500 a R$ 1000,00 pela confecção das máscaras reutilizáveis em tecido 100% algodão.
De acordo com a coordenadora administrativo da Arqmo, Claudinete Colé, muitas tem sido as ações de enfrentamento à Covid-19 realizadas pela Arqmo é parceiros. “Desde o início da pandemia a gente tem buscado trabalhar campanhas educativas, doações de cestas básicas, apoio na doação de EPIS para os nossos agentes comunitários de saúde e também na campanha de imunização. Este é o nosso segundo chamamento, é uma oportunidade de renda e também de proteção para as nossas comunidades e associações já que a máscara é um meio seguro de diminuir o contágio”, enfatizou.
Entre as associações beneficiadas com a doação estão à Recicla Oriximiná, Associação Indígenas, Comunidades Tapagem, Mãe Cué, Abuí, Abuizinho, entre outras. Neilane Marques, costureira em Oriximiná participou do projeto e falou sobre sua importância neste momento de pandemia. “Eu trabalho a muito tempo na costura e devido a pandemia ficou meio difícil a situação. Essa ideia, que a Arqmo teve pra fazer parceria com a mineração, foi muito boa, ajudou muito na nossa renda e vai ajudar as pessoas, ribeirinhos, quilombolas, nessa questão da proteção” ressaltou a costureira.
Outra beneficiada pelo projeto foi Zelma Pires, da comunidade Boa Vista Cuminã, território Erepecuru. Ela é coordenadora de mulheres na sua comunidade e aproveitou a iniciativa para aumentar a renda familiar. “Eu participei do projeto com a confecções de 2 mil máscaras para ajudar na prevenção da Covid-19 e para ajudar na minha renda familiar, gostei muito do projeto, ele foi muito bom pra todas as famílias dos quilombos que participaram e ajudou as famílias com a sua renda”, declarou.
O grupo “Pela Vida no Trombetas” foi criado em 26 de março, com o objetivo de elaborar material informativo de prevenção ao Covid-19, voltado aos povos e comunidades tradicionais do município de Oriximiná e região, além de verificar medidas preventivas para proteger as populações rurais, quilombolas e indígenas da região. O Grupo é composto por representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), Ministério Público Federal (MPF), Universidade Federal Fluminense (UFF), Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO), Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Alto Trombetas II (ACRQAT), Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Boa Vista (ACRQBV), Associação dos Moradores da Comunidade Remanescente de Quilombo de Cachoeira Porteira (AMOCREQ-CPT), Associação das Comunidades da Gleba Trombetas e Gleba Sapucuá (ACOMTAGS), Associação Mãe Domingas, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Mineração Rio do Norte (MRN) e Projeto Quilombo.
Ascom Arqmo