Homem tentou tirar à força um megafone usado pelo parlamentar, que reagiu; assista!
As manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tomaram as ruas de várias capitais na manhã deste sábado (24). A insatisfação diante as ações presidenciais em meio à pandemia da Covid-19 no país, além dos pedidos por mais vacinas e do auxílio emergencial, resultaram em ruas e avenidas lotadas e com pessoas pedindo a saída do presidente do cargo.
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Os ânimos exaltados durante a manifestação já vinham esquentando desde o dia anterior. Durante um ato para convocação de manifestação contra o presidente na noite de ontem (23), o vereador Renato Freitas (PT) foi detido depois de ter dado um soco em um homem. O caso aconteceu no centro de Curitiba.
Professor e advogado, Freitas revelou em suas redes sociais que gritava “Fora Bolsonaro”, com o auxílio de um megafone, quando um homem começou a repreendê-lo e questioná-lo sobre o motivo das críticas feitas ao presidente. Até que, em determinado momento, o homem tentou tomar o megafone das mãos do parlamentar, agredindo-o com chutes.
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Em reação, Freitas desferiu um soco no rosto do homem usando o megafone. “Ele veio bem louco, querendo me agredir. Fiz assim com o megafone num ato de defesa, numa reação automática, e bati com o megafone nele. Bateu no rosto, de fato”, afirmou Freitas.
A Guarda Municipal foi acionada e Freitas foi detido. Cinco guardas derrubaram o vereador no chão e ele foi algemado, enquanto uma pessoa filmava toda a ação com o uso de um celular. Ele foi colocado no porta-malas de uma viatura da Guarda e levado até a delegacia, sendo liberado depois de prestar depoimento.
“A Guarda Municipal usou uma força desproporcional, excessiva”, desabafou Freitas, que classificou a ação dos agentes como truculenta.
Em nota, a Guarda Municipal de Curitiba informou que Freitas foi detido “depois de agredir um homem” e que o vereador resistiu a ser encaminhado para a Central de Flagrantes. Freitas nega a versão e diz que não houve resistência.
A Guarda Municipal ainda informou que todos os procedimentos estavam dentro do protocolo de operações. “Foi utilizado contato verbal através da negociação e mediação de conflitos e, posteriormente, o uso de energia moderada para contenção do vereador, para resguardar a integridade física de todos.”
O PT Curitiba e o PT Paraná emitiram uma nota na qual repudiaram a ação da Guarda Municipal, que foi classificada como “irregular e preconceituosa”.
“Até quando esse regime de exceção vai existir? Basta! O Partido dos Trabalhadores já está tomando todas as medidas para que mais essa injustiça contra o Renato seja desfeita o mais rápido possível”, informa a nota.
DOL, com informações da FOLHA