Proposta, que visa cortar incentivos fiscais, deverá afetar 22 milhões de pessoas
Garantir uma boa alimentação dentro de casa tem sido cada vez mais desafiador para os brasileiros, especialmente aqueles que dependem inteiramente de ticket ou vale-alimentação. Um levantamento feito pela Gouvea Consulting, em outubro do ano passado, diz que 80% das empresas e 83% dos trabalhadores concordam que a boa alimentação é benéfica para ambos. Agora, o que fazer quando esse benefício está ameaçado?
O questionamento é feito depois que uma proposta sobre o tema foi incluída no relatório da reforma tributária, cuja previsão é que seja aprovada até agosto desse ano. De autoria do deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), o objetivo é compensar as perdas de arrecadação com a redução da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), diminuindo de 25% para 12,5%.
Para a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), a proposta pode ocasionar uma “evasão” do “mais longevo benefício socioeconômico alimentar”, uma vez que vales refeição e alimentação permitem uma melhor nutrição de 40 milhões de pessoas em todo o Brasil.
O corte dos vales não será feito imediatamente após a reforma. Tudo será determinado pela vigência dos contratos firmados entre as empresas e as operadoras. “O que existe hoje, a depender do seu prazo de validade, deve permanecer até o fim, porque, mesmo que saia o decreto, isso não vai romper com o contrato já estabelecido entre as partes”, destaca Jéssica Srour, diretora executiva da ABBT em entrevista ao R7.
DOL, com informações do R7