O homem já foi investigado por exercício ilegal da medicina no Pará
Um homem, que conseguiu na Justiça a inscrição provisória no Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP), foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (8). O mandado de prisão preventiva foi cumprido depois que o próprio conselho checou que ele apresentou diploma falsificado e não concluiu a formação na área.
A prisão aconteceu quando ele iria fazer a retirada da carteira profissional de médico. Não foi a primeira vez que ele foi preso com documentos falsos. O homem também já foi investigado por exercício ilegal da medicina no Pará.
Conforme o CRM-AP, a Justiça determinou no dia 22 de junho a inscrição provisória do falso médico nos quadros na instituição no prazo de 10 dias, sem a necessidade de submissão ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida).
Na secretaria do CRM, o homem apresentou documentos que indicavam que ele é natural de Marabá (PA), e uma declaração de que ele atuou entre 2017 e 2020 como médico intercambista do Projeto Mais Médicos Para o Brasil no município de Ourilândia do Norte, no Pará.
Além disso, também foi apresentado o diploma de graduação em medicina na Universidad Nacional Ecológica, da Bolívia. O CRM-AP detalhou que entrou em contato com a instituição de ensino boliviana, que informou por meio de e-mail que o diploma não é verdadeiro. Ainda de acordo com o que a universidade informou ao Conselho, o homem começou a estudar lá, mas não concluiu o curso.
Por isso, o CRM-AP procurou a polícia para apurar o exercício ilegal da medicina, a utilização de documento falso e outros crimes, o que resultou com a detenção preventiva dele nesta quinta-feira.
O Conselho acrescentou que a Justiça já foi comunicada acerca da situação do falso médico para que seja revogada liminar concedida e assim tornado sem efeito o registro concedido por ordem judicial.
Prisão no Pará
Ele chegou a ser preso preventivamente em 2014, no interior do Pará, também após usar documentos falsos para atuar na mesma profissão, inclusive usando registro profissional de um outro médico de Mato Grosso do Sul.
Um inquérito policial também foi aberto contra ele no mesmo município, em Abel Figueiredo, pela acusação de ser o responsável pela morte de um bebê durante um procedimento de parto no mesmo ano.
Com informações do Portal Debate de Carajás