Mestras, mestres e artistas indígenas do Baixo Tapajós nas correntezas digitais compartilhando ancestralidade de 26 a 27 de junho de 2021
A IV MUTAK apresenta o tema “Ancestralidade Conectada” a fim de promover os povos originários e suas artes através dos meios digitais, por conta do distanciamento social provocado pela pandemia da Covid-19. No dia 26 de junho, todos se encontrarão online em um grande ritual para o início da MUTAK 2021, logo após, terá shows de carimbó com os grupos As Karuana e Espanta Cão.
No dia 27 de junho estarão todos juntos para admirar as artes dos povos indígenas no desfile de Etno Moda, e para fechar com chave de ouro a MUTAK 2021 terá shows de carimbó ao som de Mestre Juvenal e Mestre Chico Malta mais Paulinho Borari.
A realização da IV edição é contemplada na lei Aldir Blanc, através da Secretaria de Cultura do Estado do Pará/Secult, Governo do Pará, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo do Governo Federal, para incentivar o movimento da arte indígena no Baixo Tapajós, no consumo local e de quem faz essas artes, de forma online.
Até as datas do dia 26 e 27 de junho, a Mutak continuará lançando em seus canais virtuais, materiais exclusivos para o público conhecer as sabedorias sagradas, apresentar mestres e artistas e convidar o grande público para a festividade virtual. Até o dia do evento, já estão disponíveis diversos produtos midiáticos que irão aquecer nossa grande celebração nos dois dias da IV Mutak em junho através do site WWW.MUTAK.ART.
Propondo expressar a diversidade e ancestralidade de saberes e fazeres indígenas, a Mutak também exprime a luta e resistência dos povos originários.
HISTÓRIA DA MUTAK
A Mutak nasceu a partir da ideia de realizar uma exposição das cerâmicas tapajônicas pelas mulheres ceramistas indígenas: Vandria, Neila, Nilva e Nalva Borari, que logo resultou na Mostra de Arte Indígena do Tapajós, com a colaboração dos parentes: Iara Arapyun, Cauã Borari, Milena Raquel Tupinambá (Tüpî) e o parceiro mineiro Israel Campos.
Desde sua primeira edição, a Mutak acontece em Alter do Chão, Território do povo Borari, próximo aos municípios de Aveiro, Belterra e Santarém, onde, os 13 povos (Apiaka, Arapiun, Arara Vermelha, Borari, Munduruku Kara-Preta, Jaraki, Kumaruara, Munduruku, Maytapú, Tapajó, Tapuia, Tupinambá e Tupaiú) vivem expostos em um cenário de desapropriação territorial, massacre histórico e contínuo, tentativa de aculturação e destruição ambiental.
Contribuindo para a manutenção da cultura tradicional, difusão e valorização da memória, mas principalmente protagonizando vozes dos artistas indígenas locais. A mostra tem formato totalmente aberto a todos os públicos a fim de evidenciar a arte da moda indígena, a culinária, pinturas em tela, grafismo corporal, música local, artesanato, medicina natural, audiovisual, e das multimídias que compõem as expressões indígenas.
A MUTAK AO LONGO DOS ANOS
Em 2016, com a primeira edição com o tema “Vivenciando nossa Ancestralidade” trouxe os 13 povos do Baixo Tapajós para celebrar a Mukameẽsawa Tapajowara Kitiwara (MUTAK) que na língua materna Nheengatu significa “Mostra de Arte Indígena do Tapajós”. A mostra se tornou referência de maior evento da cultura indígena do município de Santarém e região, localizada no oeste do estado do Pará, onde reuniu vivências, intercâmbio intercultural, fortalecimento e a difusão da cultura milenar dos povos da região do rio Tapajós, rio Arapiuns e planalto santareno.
A segunda MUTAK ocorreu nos dias 19 a 22 de abril de 2018, durante a semana dos povos indígenas, momento ímpar que teve como tema “Nossas águas, nosso sagrado”, frase e sentimento que até hoje perpetua a luta pelo território indígena. A mostra contou com a participação de 30 expositores de diversas etnias da bacia do Tapajós e por ali passaram 3.000 pessoas durante os 4 dias de evento, dentre comunitários, indígenas, não indígenas e turistas de todas as regiões do Brasil e do mundo.
A terceira Mutak aconteceu nos dias 27 a 28 de julho de 2019 e por já estar presente no calendário de manifestações indígenas e culturais da cidade, recebeu mais de 5 mil pessoas em dois dias de intensa celebração pela soberania dos povos originários.
Em 2021, ano cheio de expectativas e experiências, as forças dos Ancestrais pedem calma e reflexão para caminharmos em conjunto na luta pelo respeito aos sagrados das águas, à fauna, às matas, aos povos e a saúde do planeta. A IV Mukameẽsawa Tapajowara Kitiwara (MUTAK), continuará vivenciando e fomentando a valorização e o protagonismo dos povos originários, apresentando suas diversas e autênticas expressões culturais indígenas.
Diante do atual cenário de pandemia e isolamento social, a Mutak se aliou às tecnologias digitais e os saberes milenares, mantendo assim, a “Ancestralidade conectada.” a favor do respeito à diversidade dos povos, das florestas e rios, da saúde do corpo, mente e espírito. E assim, seguir sensibilizando a comunidade em geral sobre nossa presença de corpos e territórios indígenas ontem, hoje e sempre.
Como medida de prevenção à Covid-19, esse ano não haverá a celebração no Puracê (grande terreiro de festa) na praça do CAT em Alter do Chão e com o calor humano como das outras vezes, mas todos estarão conectados nas plataformas digitais da Mutak, reunindo saberes, fazeres em criação de conteúdos diversos em roda de curimbó, rituais, danças dos povos da região e muito mais. Tudo isso você poderá vivenciar da sua casa em qualquer lugar no mundo com apenas um click e com a sensação de conexão para compartilhar a força e energia dos povos indígenas. Nos dias 26 e 27 de junho de 2021 todos estarão reunidos numa gigantesca oca em rede celebrando a ancestralidade conectada, no site WWW.MUTAK.ART
PROGRAMAÇÃO
Todas as atividades culturais você encontrará em WWW.MUTAK.ART
● Vídeos sobre os Mestres dos Saberes IV MUTAK
● Vìdeos das Oficinas ( Grafismo Corporal – Cerâmica tapajônica e Teçume em Palha)
● Podcasts exclusivos no canal do youtube da MUTAK
● Roda de curimbó (Espanta cão – As Karuana – Juvenal – Mestre Chico Malta + Paulinho Borari)
● Ritual dos 13 povos da Baixo Tapajós/ regiões de rio: Arapiuns -Tapajós e Planalto Santareno
● Perfil de artistas indígenas na página da Amostra
IV MUTAK: Ancestralidade Conectada
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Ascom Mutak