A ideia é criar um acervo cultural e expor através de um site próprio, a fim de valorizar e difundir o patrimônio histórico e imaterial do município.
O projeto “Acervo Comunitário de Memória e Arte das quadrilhas Folclóricas de Faro/PA” foi selecionado pelo Edital de Patrimônio Imaterial na categoria Salvaguarda pela Fundação Instituto para Desenvolvimento da Amazônia (FIDESA) através da Lei Aldir Blanc Pará 2020.
O objetivo do projeto é criar um acervo cultural para expor em modalidade virtual, em site próprio, tendo em vista a valorização e difusão do patrimônio histórico e imaterial do município de Faro, o Festival de Quadrilhas Folclóricas.
O Festival de Quadrilhas Folclóricas de Faro, no Pará, acontece anualmente desde 2005, mas a origem das quadrilhas é anterior a essa data. As quadrilhas surgiram para brincar e festejar São João Batista, padroeiro do município, cujas festividades ocorrem de 14 a 24 de junho. Na praça do arraial, as quadrilhas passaram a brincar e se apresentar dando “vivas” ao Santo.
São quatro Quadrilhas que anualmente prestam homenagens ao padroeiro e que se apresentam no Festival Folclórico: Foliões da Madrugada, Campinense no Arraiá, Unidos do Porto de Cima e Morumbi no Arraiá. Cada uma carrega emblemas, cores e totens próprios que simbolizam suas trajetórias de existência. Seus nomes dão destaques aos bairros que onde surgiram, com excessão da Foliões da Madrugada que carrega este nome por dançar na alvorada de São João Batista, sempre às 5h da manhã do dia do Santo, 24 de junho.
Campinense surgiu no bairro da Campina, Unidos do PC surgiu no bairro do Porto de Cima, e Morumbi no Arraiá, faz referência ao seu bairro de origem, Morumbi.
Embora as quadrilhas existam por mais de uma década, o Festival só foi instituído como patrimônio imaterial e histórico em 2017, pela prefeitura e câmara municipal de vereadores, pelo reconhecimento do seu valor afetivo e cultural para a população.
Sobre o Projeto
O projeto de acervo e exposição é uma iniciativa da criadora artística e cultural Valcicléa Barbosa Ferreira, integrante da quadrilha Morumbi no Arraiá, conhecida neste meio, como Cleinha Ferreira. Segundo ela, existe uma possibilidade de fazer uma Mostra do Projeto em Santrarém. “Já começamos nossas atividades no início deste mês e estamos reunindo as peças deste acervo, desde o histórico de cada quadrilha, roupas, acessórios, fotografias, músicas para montar a exposição e exibir no site a partir de maio. Se até lá pudermos fazer uma mostra presencial, faremos em Faro e em Santarém.