Estudos mostram que os jalecos abrigam mais bactérias do que scrubs, que são os trajes verdes ou azuis comumente usados nos hospitais.
Desde o mês passado o Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas têm implantado a utilização da roupa privativa em todos os setores das duas Unidades. Os uniformes privativos trazem mais segurança e ajuda na identificação da equipe. No total, já foram entregues aproximadamente 800 conjuntos privativos para enfermeiros e técnicos de enfermagem. Além disso, foi elaborado um protocolo de segurança, onde é realizado diariamente a lavagem na lavanderia do HMS, que possui o processo adequado de higiene das roupas. Dessa forma, diminui a propagação de microrganismo que podem estar no tecido, fator que reduz os riscos de transmissão de doenças.
Segundo o Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP) um conjunto de pesquisas apontou que, comparando os jalecos com as roupas privativas, os jalecos tendem a absorver mais microrganismos potencialmente perigosos. A principal justificativa seria que esses trajes são lavados com menos frequência e ainda a maneira como eles são higienizados.
A coordenadora do CCIH do HMS, enfermeira Daiana Waimer destaca sobre a necessidade da roupa privativa e como o manejo adequado é essencial para a segurança de funcionários e pacientes. “De acordo com a Anvisa, as bactérias estão presentes no uniforme hospitalar. Por esse motivo, é necessário que se tenha cuidado no manuseio e limpeza das peças para evitar a contaminação da comunidade hospitalar. As vestimentas devem ser processadas no hospital, com todos os cuidados e critérios necessários.”, explicou ela.
Visual, emocional e o cuidado
O HMS como é um hospital de urgência e emergência recebe diariamente um grande fluxo de pessoas. Dentre elas, estão os pacientes, acompanhantes, médicos, equipes de enfermagem, administrativo, auxiliar de limpeza, equipe de alimentação, manutenção e estudantes da área de saúde. Sabendo disso, houve também a necessidade de melhor identificar esses profissionais, com o intuito de servir melhor a população. No caso do HMS, o uniforme azul foi destinado aos enfermeiros e o verde para os técnicos de enfermagem.
As cores foram escolhidas baseadas no sentimento que podem trazer nas pessoas, como uma sensação de maior serenidade para o paciente, que pode encontrar-se tenso em um hospital. Além disso, essas cores propiciam identificar mais facilmente algum tipo de sujeira, sendo assim, antecipando a lavagem.
Um dos principais objetivos da substituição de jalecos pelos uniformes privativos é estabelecer a manutenção das boas práticas para cuidados com os pacientes na intenção de evitar as infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS).
A Diretora Geral do HMS, Grazieli Landiosi reforçou sobre a importância de possibilitar para as pessoas que trabalham no HMS uma identidade. Ela enfatiza que o uso das roupas privativas com as devidas cores oferta um serviço com mais qualidade e humanização. “O funcionário uniformizado trabalha com mais dignidade, há uma valorização desse profissional. Nós estamos procurando resgatar ao alto estima de todos os colaboradores da unidade”, concluiu ela.
Ascom HMS e UPA