Alimentação adequada, exercícios físicos e a medicação prescrita pelo médico podem proporcionar aos pacientes diagnosticados uma vida normal.
A diabetes é um dos principais fatores de risco para outras doenças e atinge cerca de 463 milhões de adultos no mundo, segundo a IDF (International Diabetes Federation). Os dados foram atualizados no ano de 2020. No Brasil, de 8 a 10 milhões de brasileiros têm o diagnóstico, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). É no mês de novembro que se lembra sobre o combate à diabetes e os especialistas do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) fazem um alerta para as consequências da doença, que ocorre pela falta de prevenção.
O médico clínico geral do HMS, Dr. Ruy Lanhellas, explica que a diabetes é a incapacidade do pâncreas em produzir a quantidade de insulina necessária para o corpo, por conta disso, o organismo fica incapaz de absorver o açúcar e a glicose ingerida, promovendo um aumento anormal dessas substâncias no sangue. “É uma doença degenerativa, causa problemas vasculares, de visão e cárdicos. Como amputação dos dedos e pés, devido as lesões vasculares e o risco de perder a visão”, explicou ele.
A diabetes é uma doença crônica, porém controlável, e uma das melhores formas de combater é através da prevenção. Seguir uma alimentação saudável com baixa ingestão de açucares e doces e a prática de atividades físicas são importantes aliados nessa luta.
Atualmente, de cada 180 pacientes internados no HMS, 30 tem alteração na glicose. Os pacientes diabéticos que chegam na urgência e emergência, em geral, apresentam crises convulsivas por consequência da hiperglicemia, edemas e má cicatrização, levando a amputação do membro do corpo, em alguns casos.
Conheça os tipos da doença
Existem dois tipos de diabetes, tipo 1 e 2. A primeira é considerada do tipo genética, existe poucas pesquisas conclusivas para explicar como ela acontece no corpo. Em geral, surge em crianças e adolescentes, porém pode ser diagnosticada em adultos também. Já a diabete tipo 2, está relacionada com os fatores de risco, no primeiro momento a tolerância diminuída à glicose, hoje conhecida como “pré-diabetes”, a partir dos hábitos das pessoas a doença tende-se a manifestar.
O Dr. Ruy alertou para alguns sinais que merecem atenção para busca de uma consulta médica. “Entre os sintomas da doença estão: sede excessiva, fome exagerada, muita vontade de urinar e por consequência a desidratação, má cicatrização e visão embaçada”, disse ele.
Alimentação adequada para os pacientes diabéticos
A nutricionista da cozinha do HMS, Gizelly Moura, afirma que todos os alimentos ingeridos pelos diabéticos devem ser integrais e diets. Comidas com índice glicêmico alto jamais devem ser consumidas pelo doente. “Os diabéticos precisam de uma alimentação específica e personalizada. Doces e açúcar refinados devem ser cortados do cardápio porque aumentam a absorção de insulina e a glicemia tende a subir causando um quadro de hiperglicemia”, informou ela.
Gizelly ressalta ainda que atitudes simples são capazes de prevenir a doença. “Manter uma alimentação saudável e balanceada, praticar exercícios físicos e beber bastante água pode garantir uma saúde muito melhor”, conclui ela.
No dia 14 de novembro é celebrado o dia nacional de combate a diabetes. A data tem o objetivo de prevenir e controlar a doença através da alimentação e o incentivo da prática de atividades físicas.
Ascom HMS/UPA