Segunda edição do evento será realizada on-line de 9 a 13 de dezembro
O Festival de Cinema de Alter do Chão 2020 divulgou a lista dos selecionados que estão na Mostra Competitiva da segunda edição do festival. Foram selecionados em todas as categorias 121 filmes do Brasil e de países de todos os continentes. Destes, 80% são inéditos. A segunda edição do evento será realizada on-line para todo o mundo de 9 a 13 de dezembro de 2020.
Dos selecionados, 51 filmes são de temáticas indígena, ambiental e amazônica. De acordo com Locca Faria, diretor-geral do festival, esse ano o evento superou as expectativas, já que recebeu 2072 filmes de 105 países inscritos. Ele diz que isso é um trabalho em conjunto, mas também por ser um festival que ocorre na Amazônia.
Mas além de um festival de cinema, Locca Faria explica que se trata de um festival multicultural, pois a intenção não é estimular apenas o trabalho audiovisual, mas também de estimular as artes que têm a ver com o cinema, como a música, o teatro, a dança e até o artesanato.
“É um festival que proporciona várias outras atividades, como palestras e workshops. Envolvemos as universidades não só da Amazônia como internacional. É um festival que tem um valor abrangente que com a cultura de um modo geral. Estimulando todas essas ações importantes, a preservação da Amazônia e saberes locais”, explica Locca Faria.
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Os filmes selecionados serão avaliados pelo júri do festival formado por nomes como Pedro Bial, Célia Maracajá, Zezé Motta, Indaiá Freire, Marcelo Tas e Xavier de Oliveira (presidente). Os vencedores vão receber o troféu Muiraquitã, criado pelo artista artesão Rony Borari, de Alter-do-Chão.
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Alguns filmes selecionados são de diretores conhecidos, outros de diretores novos, tanto do Brasil quanto do exterior como: “Amazônia – Sociedade Anônima”, de Estêvão Ciavatta (Brasil); “Fio da Meada”, de Silvio Tendler (Brasil); “Dança da Vida”, de PeymanZandi (Irã); “O Doce Sabor do Pão Salgado e Cuecas”, de Che Espiritu (Filipinas); “Mestre Cupijó e seu Ritmo”, da paraense Jorane Castro (Brasil) e “Maquis”, de Rubén Bure (Espanha).
Além da mostra competitiva, o festival também está com a “Mostra Paralela”, que selecionará 202 filmes divididos em vários temas: “Feito por Mulheres, Presença” (sobre representação de grupos minoritários), “Cinema ambiental e indígena”, “Ficções pelo mundo”, “Registros e Memórias”, “Experimental” e “Infantil e Animação”.
Neste ano, o FestAlter fará uma grande homenagem ao compositor e poeta Aldir Blanc, que faleceu esse ano vítima da covid-19. A Lei de incentivo à Cultura neste momento de pandemia recebeu o nome dele. As produções vencedoras serão divulgadas no último dia de festival.
O Liberal