Brasil paga primeira parcela de consórcio global de vacinas e prevê doses para 10% da população

Ministério da Saúde anunciou pagamento de R$ 830 milhões, de um total de R$ 2,5 bilhões, para a iniciativa Covax Facility. Doses estão previstas para o primeiro semestre de 2021 e se somarão aos imunizantes já previstos no acordo com a AstraZeneca/Oxford
Ministério da Saúde paga a primeira parcela da iniciativa Covax Facility, aliança global que visa a acelerar o desenvolvimento de vacinas contra à covid -19 Foto: Jefferson Rudy/ Agencia Senado

Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 8, o pagamento da primeira parcela da iniciativa Covax Facility, no valor de R$ 830 milhões, de um total de R$ 2,5 bilhões. O Programa Covax, do qual o Brasil faz parte, é uma aliança global que visa a acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a covid -19 e fazer uma distribuição equitativa do imunizante. Os imunizantes se somarão a outro acordo de produção e, na previsão do ministério, o País deverá contar com 140 milhões de doses no primeiro semestre do ano que vem. 

Por meio da Covax, o Brasil deverá receber até o fim da primeira metade do ano que vem doses para 10% da população brasileira, o que equivale a 20 milhões de pessoas – em caso de vacinas que necessitem de duas doses, isso representaria 40 milhões de doses. As outras 100 milhões virão do acordo com o laboratório AstraZeneca, que desenvolve o imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. PUBLICIDADE

“Foi feito um pagamento antecipado de R$ 830 milhões (à Covax Facility), que ocorreu entre ontem (quarta-feira) e hoje (quinta-feira). Depois, de acordo com as condições contratuais será feito o restante do pagamento quando se definir um dos laboratórios”, disse o secretário executivo da pasta, Élcio Franco.

Ele também destacou que o Brasil aderiu à opção da Covax em que o País pode escolher qual vacina do portfólio imunizará a população quando estiver disponível.  Estas são as nove iniciativas que integram o portfólio da Covax Facility: Inovio, Moderna, Curevac, ThemisMerk, Oxford/AstraZeneca, Novavax, Universidade Queensland, Clover e Universidade de Hong Kong.

“Havia duas opções na adesão, uma com o valor um pouco menor, mas com um risco maior e que nós fossemos contemplados com uma das vacinas apontadas pela Covax Facility. A que o Brasil aderiu foi a opção dois, em que nós poderemos escolher qual daquelas vacinas (virá para o Brasil). Isso nos trará uma segurança para a população, uma vez que só será disponibilizada a vacina para a população brasileira aquela vacina que for aprovada pela Anvisa”, explicou Élcio Franco.

Nas contas do ministério, 10% da população brasileira equivale à soma de pessoas com mais de 80 anos (4,4 milhões), as pessoas com morbidades (10,7 milhões) e os trabalhadores da área da Saúde (5 milhões). O governo federal ainda reforçou que a previsão de começar a imunizar a população continua para o primeiro trimestre de 2021, considerando os prognósticos, acompanhamento e escala produtiva que está se desenhando, mas lembrou que “existe um possibilidade de atraso”. 

Fonte: Estadão