Data de registro do primeiro caso de covid-19 no Pará, 18 de março pode virar dia dos ‘heróis da saúde’

Até o momento 47 médicos morreram no Pará vítimas da covid-19
Reprodução: Marcelo Seabra/Ag Pará

O primeiro caso de coronavírus no Pará foi confirmado em 18 de março deste ano. A data pode entrar no calendário oficial do Pará como o “Dia Estadual dos Heróis da Saúde”, em reconhecimento aos profissionais que estão na linha de frente do enfrentamento à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. A proposição já está tramitando Assembleia Legislativa (Alepa), em Projeto de Lei de autoria do deputado Raimundo Santos (Patriota).

No PL, o parlamentar justifica que “na possível criação de mais essa data comemorativa, estabelece-se, oficialmente, homenagem anual como forma de gratidão pública àqueles que se colocam na linha de frente do enfrentamento, correndo altos riscos, e, em especial, aos trabalhadores do segmento que faleceram no digno exercício da profissão”, diz o PL.

Entre os que faleceram, citados no projeto, 47 foram médicos, de acordo com dados do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA). Um total de 19 outros profissionais de saúde também não resistiram à doença, segundo informações do Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA), mas o órgão admite a possibilidade de maior quantitativo pelas formas diversas de registros dos óbitos em diferentes bancos de dados.

Santos ressalta que esse é um projeto que não deve ficar apenas no âmbito da Alepa, e observou a “coragem, destemor e bravura desses profissionais da saúde, porque são verdadeiros soldados”, segundo apontou. “Eles se doaram. Têm um nível de heroísmo, de dedicação intensa”, afirma, reconhecendo que a dedicação no dia a dia coloca esses trabalhadores em uma condição de maior vulnerabilidade.

O projeto engloba categorias como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, odontólogos, entre outros que formam o grupo de profissionais de saúde pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

A perspectiva é que o projeto, ao tramitar normalmente em comissões do Parlamento, seja votado no máximo até o final do ano e posteriormente sancionado como Lei estadual.

Fonte: Roma News