O estudo de um empresa norte-americana é apenas um dos vários que usam tecnologia “vestível” para tentar identificar o coronavírus e analisar a recuperação dos pacientes.
A empresa norte-americana de relógios inteligentes e dispositivos “vestíveis”, Fitbit, anunciou neste sábado, 22, uma das mais fascinantes descobertas de seus estudos sobre a Covid-19, que busca identificar infecções precocemente.
Segundo a pesquisa, o dispositivo pode detectar metade das infecções por coronavírus um dia antes do aparecimento de sintomas, com 70% de precisão.
O diretor de pesquisa da companhia, Conor Heneghan, fez uma postagem sobre o estudo no blog da Fitbit com algumas conclusões importantes. Uma delas é que a fadiga é um dos sintomas mais comuns relatados pelos infectados. E apenas 55% dos infectados, registraram febre, sugerindo que “a triagem de temperatura por si só pode não ser suficiente para comprovar a doença”.
A frequência respiratória, a variação da frequência cardíaca (VFC) e a frequência cardíaca em repouso são as métricas que o Fitbit usa para localizar uma infecção precocemente. A VFC diminui, enquanto a frequência respiratória e cardíaca aumenta à medida que o sistema imunológico responde ao vírus.
“Essas métricas começam a sinalizar mudanças quase uma semana antes dos pacientes relatarem sintomas”, escreveu Heneghan.
Uma questão óbvia é se outras doenças também podem causar alterações semelhantes na respiração, na frequência cardíaca e na VFC. No entanto, o estudo Fitbit continua: essas são observações iniciais, não conclusões finais.
Até o momento, mais de 100.000 usuários do Fitbit nos Estados Unidos e no Canadá se inscreveram para o estudo. Os 1.000 casos de Covid-19 relatados deste grupo são a base para os resultados.
O estudo da empresa é apenas um dos vários que usam tecnologia “vestível” para tentar identificar o coronavírus e analisar a recuperação dos pacientes. King’s College, em Londres, e a Universidade da Califórnia também lançaram programas para avaliar como os “wearables” podem ajudar na pandemia.
Fonte: Forbes