Hospital Regional do Baixo Amazonas conquista economia de recursos com gerenciamento de medicamentos

A unidade implantou o Programa de Controle de Antimicrobianos (Stewardship) e conseguiu economizar mais de R$ 600 mil.
Elizabete recebendo medicação para tratamento em casa – Foto: Ascom HRBA

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA) tem avançado e conquistado resultados relevantes no desenvolvimento da farmácia clínica, por meio de uma evolução técnica em qualidade, segurança, resolutividade e gestão inteligente de recursos, envolvendo as equipes multidisciplinares.

Em setembro de 2019, quando a HRBA implantou o Programa de Controle de Antimicrobianos (Stewardship), que possibilita o uso racional de medicamentos antimicrobianos, a unidade conseguiu, em 11 meses promover uma economia de R$ 622 mil a partir de um alinhamento entre a equipe farmacêutica, médicos e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).

Pertencente ao Governo do Estado do Pará e gerenciado pela Pró-Saúde desde 2008 por meio do contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA), o Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência para 1,3 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios do oeste do Pará, Baixo Amazonas e Xingu.

O programa detectou oportunidades de adequação nas prescrições, melhorando o uso racional da medicação, levando em consideração o que cada paciente necessita no tratamento, como explicou Sândrea Queiroz, gerente de Farmácia do HRBA.

“Adotamos uma postura diferente de avaliação das prescrições de antimicrobianos, exames laboratoriais e clínica do paciente. São informações imprescindíveis para traçar o plano terapêutico, primando pela redução da resistência bacteriana, otimizando ou até reduzindo investimentos, sem comprometer o resultado do tratamento”, diz.

As medidas também permitiram novos benefícios aos pacientes, como menor tempo de internação, diminuição dos riscos de lesões ao substituir medicamentos de aplicação intravenosa por via oral, redução de infecções hospitalares e diminuição de resíduos.

“Esse trabalho também impacta na disponibilização de leitos, aumentando o número de pessoas atendidas. Vale citar que houve redução em 20% nos casos de infecções hospitalares, no período de 2019 até o julho de 2020”, ressalta Sândrea.

Para Mariana Quiroga, médica infectologista e coordenadora do SCIH no HRBA, o programa é um grande desafio para o corpo clínico. “É um trabalho de formiguinha, mas os resultados são recompensadores, principalmente para o usuário que pode ser liberado mais rápido para suas atividades, melhorando prognósticos e diminuindo riscos”, diz.

Antônia Elizabete Damasceno Carneiro, de 38 anos, recebe acompanhamento da equipe médica do HRBA, pois realizou um transplante de rim. A dona de casa foi uma das pacientes que pôde receber a medicação da unidade e realizar tratamento via oral em casa, sem necessitar de internação. “É muito melhor poder me tratar em casa, porque sou do grupo de risco. Em casa fico guardadinha, tomo minhas medicações certinho e consigo me recuperar com a família por perto”, afirma.

O diretor Hospitalar, Hebert Moreschi, explica que só foi possível alcançar esses resultados com o empenho de uma equipe multiprofissional comprometida.  “Estimular o corpo clínico, os farmacêuticos e demais profissionais para essa análise crítica da prescrição do tratamento, trouxe resultados assistenciais extremamente importantes para a população da região. Reduzimos risco de infecção, minimizamos lesões, e o melhor dos benefícios, trouxemos mais segurança aos nossos pacientes, com um atendimento de qualidade e com resolutividade”, enfatiza.

Sobre a Pró-Saúde

A Pró-Saúde é uma entidade filantrópica que realiza a gestão de serviços de saúde e administração hospitalar há mais de 50 anos. Seu trabalho de inteligência visa a promoção da qualidade, humanização e sustentabilidade. Com 16 mil colaboradores e mais de 1 milhão de pacientes atendidos por mês, é uma das maiores do mercado em que atua no Brasil. Atualmente realiza a gestão de unidades de saúde presentes em 23 cidades de 12 Estados brasileiros — a maioria no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Atua amparada por seus princípios organizacionais, governança corporativa, política de integridade e valores cristãos.

A criação da Pró-Saúde fez parte de um movimento que estava à frente de seu tempo: a profissionalização da ação beneficente na saúde, um passo necessário para a melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes que não podiam pagar pelo serviço. O padre Niversindo Antônio Cherubin, defensor da gestão profissional da saúde e também pioneiro na criação de cursos de Administração Hospitalar no País, foi o primeiro presidente da instituição.

Ascom HRBA