Paraense de Novo Progresso aparece na lista dos maiores desmatadores da Amazônia

O pecuarista já destruiu cerca de 4,41 mil hectares de vegetação nativa
Crédito: Agência Brasil

O pecuarista Augustinho Alba, dono da Fazenda Santa Tereza, no distrito de Vila Isol, em Novo Progresso, sudoeste do Pará, é um dos maiores desmatadores da floresta amazônica, com cerca de 4,41 mil hectares de vegetação nativa destruídos com o uso de tratores e operadores de motosserra. É o que revela a Revista Veja.

Conforme a revista, Augustinho, que aparece no terceiro lugar entre os destruidores, foi multado em R$ 22 milhões por queimadas no Dia do Fogo em 2019, quando produtores rurais da região Norte do país teriam iniciado um movimento conjunto para incendiar áreas da maior floresta tropical do mundo e que foi denunciado à justiça por entidades ambientalistas pelo Ministério Público Federal.

O número 1 em desmatamento é Edio Nogueiro, da cidade de Paranatinga, município localizado na região leste de Mato Grosso, a 376 quilômetros da capital, Cuiabá. Também figuram a lista dos maiores desmatadores, os fazendeiros Ilto José Mainardi (2º lugar-MT), Silvio Som Cruz e Silva (4º lugar-MT), Cleudes Santos de Oliveira (5º lugar-MT) .

Em matéria de capa, a Veja dá nomes aos dez maiores desmatadores da Amazônia, a partir de dados sobre multas aplicadas entre agosto de 2019 e julho de 2020. As propriedades somam multas de mais de R$ 100 milhões – que, no entanto, por conta da lentidão procedimental e a prescrição das autuações, dificilmente são efetivamente cobradas pelo governo federal. 

As dez propriedades citadas na matéria se concentram em um corredor de desmatamento que vai de Tartarugalzinho, no Amapá, até Paranatinga, no Mato Grosso. A área desmatada total é de 46,6 mil hectares, maior do que a área de Curitiba.

Como destaca a reportagem, mesmo com a cobrança crescente dentro e fora do Brasil do combate ao desmatamento, principalmente feita por investidores e empresários, mudar a mentalidade dos fazendeiros dessa região é o grande desafio a ser superado. 

“Trata-se de uma cultura arraigada no DNA de certos agricultores, com forte incidência no norte do Mato Grosso e ao sul do Pará, áreas que concentram hoje a maioria dos focos e são objeto de grande preocupação do governo”, diz a matéria.

Fonte: Roma News