Pandemia: Norte avança na reabertura; Sul toma medidas mais rígidas

Demais regiões apresentam situação de estabilidade ou retomada
Moradores de Afuá, um dos municípios do arquipélago de Marajó que receberá as ações da Operação Covid19Marcello Camargo/Ag. Brasil

Quando a pandemia do novo coronavírus impôs o isolamento social, para tentar conter o avanço do número de casos e mortes por covid-19, os governos dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal criaram planos que definem a retomada gradual das atividades econômicas. Em boa parte dos estados, esses planos resultaram em reabertura, com regras, de diversos setores. A Agência Brasil vem acompanhando, quinzenalmente, a execução desses planos. No final de junho, foi publicado o primeiro levantamento, no início de julho, o segundo e, na terceira semana de julho, o terceiro .

O Norte e o Nordeste, em geral, aumentaram a abertura de suas economias, enquanto o Sul tomou medidas mais rígidas para conter a pandemia.

Em alguns estados, como Acre e Rondônia, os governos locais reclassificaram municípios de acordo com planos de retomada, com expansão do funcionamento de mais setores, como no Amapá. Em outros casos, a retomada incluiu a abertura de novas atividades. O Amazonas, primeiro estado a sofrer com a pandemia, já marcou o cronograma de volta às aulas presenciais. 

O Piauí e o Rio Grande do Norte estão com processo de retomada de diversos setores econômicos.

Já o governo gaúcho vai aumentar a testagem no estado. O programa Testar RS está ampliando o número de testes diários de RT-PCR que vai saltar de mil para 8 mil testes diários. Em Santa Catarina, 209 municípios estão com o transporte coletivo interrompido.

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Região Norte

Acre

Amazonas

Amapá

Pará

Moradores de Afuá, um dos municípios do arquipélago de Marajó que receberá as ações da Operação Covid19.
Reprodução – REUTERS/Ricardo Moraes

O governo estadual anunciou nova atualização, em julho, da classificação de risco do plano Retoma Pará a partir de uma alteração no Decreto nº  800 de 2020, atualizado no dia 31 de julho. Pelo projeto, o estado foi dividido em regiões de acordo com indicadores como taxa de crescimento dos novos casos e de hospitalizações, leitos de UTI com ventiladores disponíveis, quantidade de equipamentos de proteção individual e índice de presença de equipes de saúde.

Depois da última atualização, as regiões Nordeste, Carajás e Marajó Ocidental estão enquadradas na Bandeira Amarela, de risco intermediário. Nessa categoria, as prefeituras ficam autorizadas a avançar na abertura de atividades comerciais, desde que mantidos protocolos de saúde acordados entre estado e municípios. 

Fica autorizada a abertura dos setores já permitidos nas bandeiras Vermelha e Laranja. Além disso, há orientações específicas. Os ambientes de estabelecimentos, incluindo shoppings, podem funcionar com taxa de ocupação restrita a no máximo 60% da original. Instituições religiosas podem ter eventos com no máximo 30% da capacidade. Empregadores e responsáveis por locais devem garantir equipamentos de proteção individual, priorizar o teletrabalho ou fazer revezamento por turnos e afastar pessoas do grupo de risco. Continua a proibição de eventos em espaços públicos, academias, teatros, cinemas, aulas e atividades turísticas.

As demais cinco regiões do estado (Tapajós, Marajó Ocidental, Araguaia, Xingu e Baixo Amazonas) estão na bandeira Laranja, quando o risco é médio. Os municípios ficam autorizados a definir as atividades não essenciais que podem ser abertas.  É permitido, por exemplo, o funcionamento de concessionárias, indústrias, comércio de rua, shoppings, salão de beleza e construção civil, todas com metade da capacidade. Igrejas podem realizar atividades, mas com até 100 pessoas. Ainda não podem abrir escolas, academias, espaços públicos, atividades imobiliárias e clubes sociais. Não há mais regiões na Zona Vermelha, de risco alto, onde são permitidos apenas os serviços considerados essenciais.

A nova versão do decreto também permitiu que cursos de saúde de instituições públicas e privadas realizem aulas práticas desde que fundamentais para a conclusão dos cursos e graduação dos estudantes.

Rondônia

Roraima

Tocantins


Região Centro-Oeste

Distrito Federal

Goiás

Mato Grosso

Mato Grosso do Sul


Região Nordeste

Bahia

Maranhão

Piauí

Rio Grande do Norte

Ceará

Paraíba

Pernambuco

Sergipe


Região Sudeste

Espírito Santo

Minas gerais

São Paulo

Rio de Janeiro


Região Sul

Paraná

Rio Grande do Sul

Santa Catarina

Fonte: Agência Brasil