A ferrovia vai escoar a produção agropecuária do Centro-Oeste através do trecho entre os municípios de Sinop (MT) e Itaituba (PA)
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o Plano de Outorga, acompanhado dos estudos técnicos e das minutas de edital e de contrato, que visam a concessão para a construção e prestação do serviço público de transporte ferroviário de cargas associado à exploração da infraestrutura ferroviária, no trecho compreendido entre os municípios de Sinop, no Mato Grosso, e Itaituba, no Pará (Ferrogrão).
A ANTT encaminhou, na última quarta-feira, 8, os referidos documentos para análise do Ministério da Infraestrutura (Minfra). A deliberação foi publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, 7.
O projeto propõe-se a ser o novo corredor logístico do país, que relaciona o desenvolvimento da fronteira agrícola brasileira à demanda por uma infraestrutura integrada de transportes de carga, produzindo benefícios socioeconômicos de alto impacto entre os municípios do Pará e Mato Grosso. A produção de soja e milho são os destaques da região.
Com previsão de investimentos de R$ 12,7 bilhões, a ferrovia vai beneficiar a produção agropecuária do Estado do Mato Grosso e de todo o Centro-Oeste do país, pois deverá reduzir em 30% o custo de escoamento da produção, sendo transportada até Itaituba e de lá para o porto de Vila do Conde, em Barcarena, onde os produtos serão exportados para o exterior.
O projeto completo prevê que a ferrovia deve ligar o município de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá (MT), ao porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará. Com a extensão completa, a Ferrogrão deverá chegar a 1.180 km de extensão.
Previsão é que a ferrovia vai impactar terras indígenas no território paraense
Uma prioridade do governo Bolsonaro, o projeto da ferrovia Ferrogrão é um empreendimento bilionário, reivindicado pelos empresários do agronegócio há décadas para escoar a produção de soja, gado e outros grãos produzidos no centro-oeste brasileiro.
Porém, a previsão é que obra fará fronteira com duas terras indígenas já demarcadas, onde se localizam as aldeias Kayapós: a Baú e a Menkragnoti, na região do Xingu, no Sudoeste paraense.
Fonte: Roma News