Paralelamente, uma ação está sendo desenvolvida para ajudar os músicos laborais, aqueles que vivem exclusivamente da música e estão em situação de vulnerabilidade por conta da pandemia.
A Associação dos Músicos de Santarém do Tapajós (AMUST), fundada em 22 de novembro de 2007, com o CNPJ 10.319.993/0001-12, está se articulando para a reativação e reorganização da classe. Para isso, convocou uma reunião extraordinária para o próximo dia 26 de julho de 2020, na sede social do Fluminense. A reunião tem como pauta a reativação e reorganização da classe, ação para ajudar os músicos em situação de vulnerabilidade e, o que ocorrer.
Paralelamente à isso, a Comissão que está à frente do processo de reativação da classe, sensibilizada com a situação de vulnerabilidade social de todo o setor de entretenimentos da cidade, no qual se inserem os músicos laborais (aqueles que vivem exclusivamente da música) e profissionais afins (técnicos de som e iluminação, roadies, e outros) cuja renda familiar depende exclusivamente da sua atuação profissional nessa área, está buscando parcerias para ajudar os músicos nessa situação.
“Nós estamos um grupo de músicos reunidos pra reativar a associação dos músicos, mas paralelamente a isso, nós estamos com essa ação de ajuda aos músicos, os profissionais mesmos, os laborais, aqueles que vivem exclusivamente da música, porque existem formatos diferentes, tem músico médico, músico advogado, administrador, enfim, mas tem aqueles músicos da noite que vivem exclusivamente da música, do cachê, e são esses que estão em estado de vulnerabilidade devido a essa paralisação. Então, a gente buscou esse grupo de pessoas, estamos reativando a associação justamente para fazer uma ação buscando parcerias com o setor privado, autarquias, entidades, governo, enfim, pra algum auxílio imediato pra esse pessoal”, destacou Rick Miranda.
De acordo com Rick Miranda, a conclamação de assembleia geral com os músicos está confirmada para o dia 26 de julho, no Fluminense.
“Reativar a associação é justamente pra que a gente tome essas posições, pois a classe precisa se fortalecer; agora a gente veio sentir realmente a vulnerabilidade de toda uma classe decorrente dessa pandemia, a gente sentiu que a desorganização nos enfraqueceu muito e nós somos a linguagem cultural mais forte, a mais aparente, nós temos músicos como Sebastião Tapajós, Maestro Isoca e tantos outros nomes famosos no Brasil e no mundo, nós temos uma liberdade de acesso ao governo, aos empresários, à imprensa, enfim, e a gente não sabe usar isso, somos meio que desunidos e essa pandemia está dando uma lição na gente. Então é isso, estamos fazendo essa ação pra tentar atender aos colegas que estão em estado de vulnerabilidade total mesmo porque a coisa tá feia”, desabafou Miranda.
Os músicos interessados na ação devem entrar em contato com a comissão, formada pelos músicos: Amarildo, Lícia Mara, Melry Torres e Rick Miranda.