A votação foi feita entre torcedores através do perfil do clube no Twitter
Por: Gerson Nogueira
Depois de ampla votação entre torcedores através do perfil do clube no Twitter, foi divulgada na sexta-feira a formação do Remo de todos os tempos. Antes de qualquer consideração crítica, ressalto que eleições na internet costumam surpreender, levando a injustiças óbvias. Por mais polêmicas que desperte, a aferição é legítima, pois leva em conta a opinião soberana da galera.
Outro aspecto a ser levado em conta é que a amplitude da votação permite quase sempre a prevalência de uma camada de público mais envolvida com a vida do clube. Nesse aspecto, por sua própria natureza, a internet tem a influência fortíssima de segmentos mais jovens, o que logicamente leva a escolhas de jogadores de um período mais recente.
O time escolhido via Twitter ficou assim: Clemer; Marquinho Belém, Belterra, Pagani e Cuca; Agnaldo, Mesquita e Artur; Ageu, Alcino e Bira. Nomes que têm profunda identificação com os torcedores, principalmente aqueles que acompanham o clube a partir da década de 1990.
De minha parte, sempre que me manifestei a respeito, fiz escolhas diferentes destas que acabam de ser aclamadas. Sem qualquer demérito aos eleitos, dignos merecedores dos votos da torcida, escalaria outro time, também no 4-3-3 clássico: Dico; Rosemiro, Belterra, Pagani e Luiz Florêncio; Aderson, Mesquita e Artur; Neves, Alcino e Bira. O técnico é Joubert Meira, que marcou época no Evandro Almeida, dividindo a vida do clube em antes e depois de sua passagem.
Como a eleição de 11 jogadores limita uma escolha que deve abarcar períodos diferentes da história do clube, seria justo abrir espaço para a equipe B do Leão de todos os tempos, com direito a suplentes:
Edson Cimento (Vinícius); Aranha (Marinho), China (Darinta), Dutra (Marajó) e Cuca (Edilson); Elias (Agnaldo), Roberto Diabo Louro (Rogério Belém) e Rubilota (Mego); Geovani (Landu), Dadinho (Amoroso) e Julio César Uri Gheller (Ageu). O técnico do time B é Roberval Davino, campeão brasileiro da Série C 2005, com Paulo Amaral, botafoguense bicampeão mundial com a Seleção, na suplência.
Escolher os melhores, perpassando épocas e contextos diferentes, não é uma tarefa simples. Nem a escalação de três times exclui o risco de injustiças monumentais, afinal está em jogo também a capacidade de memorizar atuações. Por exemplo, como deixar de fora grandes nomes das décadas de 1950 e 1960, como Jambo, Casemiro, François, Jorge Baleia, Alemão? Outras omissões marcantes: Clemer, Bracali, Ivair, Adriano Paredão, Mendes, Nelinho, Biro-Biro, Alex Dias, Alberto, Alex Oliveira.
As eleições se repetem, mas alguns nomes não perdem a majestade. É o caso de Dico, Rosemiro, Alcino, Bira, Mesquita, Belterra, Aderson e Artur. Sinal evidente de que o torcedor e os analistas não pensam de forma tão diversa, dando méritos a quem tem.
Fonte: Blog do Gerson Nogueira
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Gerson Nogueira é jornalista, colunista de esportes no DOL e comentarista esportivo
Eu permaneceria com os seus escolhidos que formaram a seleção do século de 1900 – 2000: Dico (Remo), Oliveira (Psc), Dutra (Remo), Socó (Remo) e Cuca (Remo), Natividade (Psc), China (Tuna), Quarentona (Psc), Manoel Maria (Tuna/Santos), Alcino (Remo) e Neves (Remo). Craque do deculo: Quatentinha (Psc). Fácil montar o restante do time do Remo ok ? Abraços!!!
Correção: Quarentinha (Psc).
Quarentinha também jogou no Botafogo.