Viciado em games e ainda no ensino médio, Avi Schiffmann agora sofre bullying por recusar proposta por seu site, um dos mais acessados do mundo, com 700 milhões de visitas
Enquanto milhões de estudantes de todo o mundo, aos 17 anos, estão preocupados com a escolha do curso superior ou com festas de formatura ensino médio, Avi Schiffmann está ocupado se justificando dos motivos que o levaram a rejeitar uma proposta de US$ 8 milhões (aproximadamente R$ 46 milhões, na cotação de hoje). O adolescente de Mercer Island, em Washington, nos Estados Unidos criou o ncov2019.live, uma plataforma que atualiza em tempo real o avanço do novo coronavírus (Sars-cov2) em cada pais do mundo. O site já soma mais de 700 milhões de visitas.
Em abril deste ano, uma empresa o abordou para pagar por seu trabalho de programação por tempo indeterminado e o controle editorial de seu site, inclusive para a veiculação de espaços publicitários, que nunca foram uma opção de Schiffmann. O garoto virou alvo de uma série de agressores nas redes sociais quando decidiu rejeitar a proposta, alegando que “dinheiro não é tudo” e que estaria “ajudando as pessoas”.
“Eu me vi em cerca de 10 páginas de memes hoje e preciso esclarecer essa história dos oito milhões para que vocês parem de me chamar de idiota”, declarou o prodígio nesta segunda-feira (18/5), nas redes sociais. “Essa era apenas parte do contrato para ter a propriedade do site, eu seria obrigado a continuar trabalhando nele por quanto tempo eles desejassem, não teria controle sobre propagandas e pop-ups, que poderiam ser até mesmo para imitações de máscaras n95. Isso me impediria de ter a mídia e as conexões e oportunidades que já venho tendo. Há mais na vida que dinheiro e haverá mais oportunidades de ganhá-lo, por enquanto estou promovendo um serviço para milhões de pessoas”, finalizou.
A aposta de Avi Schiffmann pode valer a pena, já que foi alvo de publicação de sites de todo o mundo, foi convidado a uma série de programas de TV norte-americanos e chegou a ser motivo de comentários de ninguém menos que Bill Gates. Judeu e filho de uma médica com um biólogo, o garoto começou a aprender a programar aos 7 anos de idade com a ajuda de vídeos do YouTube e já desenvolveu ao menos outras duas dezenas de outros sites envolvendo compilação de dados.
Fonte: Correio Brasiliense