Acompanhamento por médicos de instituições renomadas pretende estudar os casos e oferecer o melhor tratamento aos pacientes
O Governo do Pará, através do sistema de telemonitoramento, continua acompanhando os pacientes que foram positivados pela covid-19 desde o dia 16 de abril. A iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Pará (Prodepa), possibilita que as equipes de saúde do Hospital Albert Eistein (HAB), em São Paulo, conversem com paraenses que foram diagnosticados com o vírus. O objetivo é levantar informações sobre os casos da doença e monitorar informações.
Até o momento, mais de 100 ligações foram realizadas entre médicos e pacientes. Os primeiros dados obtidos apontam que, os sintomas mais frequentes por pacientes com covid-19 e sintomáticos são: náusea, febre, dispinéia e coriza. Esses quatro também são os mais frequentes em pacientes que possuem outras doenças, como diabetes, cardiopatias, pessoas imunodeficientes, entre outras. Em seguida aos quatro primeiro aparecem as dores musculares, calafrio, diarreia, fraqueza muscular e a alteração em exames de raio-x no tórax.
De todos os pacientes que foram contactados, apenas 13,46% foram casos importados, ou seja, contraídos através do contato com pessoas que vieram de outras cidades ou outros países. A maioria (86,54%) foram por meio de transmissão comunitária (quando não mais se pode precisar de onde vieram).
Entre os dias 16 e 21 de abril, mais de 100 pacientes foram contactados pelo serviço de telemonitoramento, a maioria da capital paraense, onde são maiores os números de casos da covid-19. Foram acompanhados 78 pacientes de Belém nesse período, além de positivados das cidades de Ananindeua, Barcarena, Bragança, Castanhal, Marituba, Nova Ipixuna, Parauapebas, Quatipuru, Santarém e Tucuruí.
Como funciona
Os profissionais de saúde entram em contato telefônico com os pacientes do Pará e realizam uma consulta para melhor entender o quadro de saúde. Posteriormente os dados são repassados para uma base onde é possível compreender dados específicos de cada pessoa, por isso é importante deixar um contato telefônico nas fichas de notificação da covid-19.
Segundo o secretário de estado de saúde, Alberto Beltrame, além do telemonitoramento, há também uma parceria do Hospital Albert Eistein para prestar consultoria aos profissionais de saúde que estão na linha frente no atendimento nos hospitais do Pará.
“A teleconsultoria é uma ferramenta extremamente importante para que os médicos que estão atuando na linha de frente, no cuidado intensivo de pacientes, tenham um apoio e uma segunda opinião. Teremos a teleconsultoria em todas as UTIs do Estado, o acordo já está firmado”, explicou Alberto Beltrame, secretário de saúde do Pará.
A interação entre os médicos de São Paulo e Belém tem o objetivo de trocar informações, experiências e analisar exames em casos que exijam maior discussão médica. Alberto Beltrame também ressalta que outra parceria também foi firmada, dessa vez com o Hospital do Coração (Hcor), para teleconsultorias com os profissionais das Upas daquele estado.
“É também mais uma forma de qualificar o atendimento e permitir que os médicos e profissionais que estão envolvidos nos atendimentos nas urgências possam trocar ideias com os profissionais lá de São Paulo, que tem mais vivência de atendimento ao covid”, finalizou Beltrame.
Agência Pará