Xeque-mate: em tempos de coronavírus jogar xadrez pode ser uma boa saída pra aumentar o QI e esquecer a pandemia

Em Santarém, o Clube do Xadrez Roque Maior do Tapajós é uma opção; cerca de 60 enxadristas fazem parte do clube fundado em 2013.
Tabuleiro de xadrez – Foto / internet

O xadrez é um dos jogos de tabuleiro mais famosos da atualidade. Acredita-se que cerca de 605 milhões de pessoas em todo o mundo o praticam: destas, 7,5 milhões são filiadas a federações de mais de 160 países. A história do xadrez é um dos temas mais controversos entre os historiadores. Não são poucas as teorias que tentam explicar como o jogo surgiu e até contos mitológicos são associados à criação do mesmo.

De acordo com o site Super Abril, a hipótese mais aceita é a de que a história do xadrez tenha se iniciado na Índia, por volta do século VI, com o nome de Shaturanga, que significa “os quatro elementos de um exército”, em sânscrito. “É que todos os componentes das forças militares da época estavam representados”, diz o Mestre Internacional James Mann de Toledo, presidente da Federação Paulista de Xadrez. “A infantaria é formada pelos peões e a cavalaria pelos cavalos. Antigamente havia também carroças (depois trocadas por torres) e elefantes (posteriormente, bispos).”

A partir da Índia, o jogo foi para a China e a Pérsia seguindo as rotas comerciais. Aliás, é da palavra persa shah, que significa rei, que vem o nome xadrez. “Os árabes, que conquistaram a Pérsia em 651, se encarregaram de difundir a prática do jogo”, afirma Carlo Callero, secretário-geral da Confederação Brasileira de Xadrez. Eles levaram seus tabuleiros para as terras que invadiram no norte da África e, quando ocuparam Espanha e Portugal entre 711 e 1492, trataram de introduzir a novidade na Europa.

Foi nesse período que o xadrez ganhou o formato atual, incorporando elementos típicos da Idade Média, como os poderosos bispos e as torres dos castelos. “Também foi introduzida a rainha, a peça mais poderosa do jogo”, diz James. As regras não se alteraram desde o final do século XIV. (super.abril.com.br).

Mas, você sabia que em Santarém existe um Clube do Xadrez? O Clube de Xadrez Roque Maior do Tapajós surgiu em 2013 pela necessidade que os enxadristas sentiram de se reunirem para jogar e até mesmo poderem participar de torneios mais constantemente.

O Clube foi fundado no dia 5 de janeiro de 2013 por meio e Assembleia Geral e está devidamente registrado no município com direito a CNPJ e Ata de fundação.

O Roque Maior do Tapajós também se encontra pelas redes sociais. Só no grupo de Whatsapp são cerca de 60 enxadristas participantes. Pelo menos 16 deles participam de eventos oficiais. Em média, são realizados dois eventos por mês.

Antes das paralisações por conta da pandemia, o Clube se reunia no Rio Tapajós Shopping, onde são disputados os torneios oficiais. De acordo com o presidente do Clube de Xadrez Roque Maior do Tapajós, Relysson Aguiar, em breve os enxadristas terão um local próprio para reunião – uma sede improvisada no bairro do Maracanã. O local está sendo reformado e a diretoria pretende buscar parcerias para melhor estruturação, com mesas e cadeiras, por exemplo.

Destaque santareno

O santareno Rômulo Ramon Sousa Menezes, 31 anos, é um dos destaques da equipe, sendo o 22º no ranking rápido municipal. Rômulo joga xadrez há 15 anos depois de conhecer o esporte através de um amigo, o mesmo que o levou para conhecer o Clube de Xadrez Roque Maior do Tapajós (CXRMT). Hoje é um dos principais participantes de eventos. Rômulo tem como inspiração os jogadores: Bob Fischer, Garry Kasparov, Magnus Carlsen e Mikhail Tal. Gosta de partidas com Abertura Escocesa, Ruy Lopez e Defesa Siciliana. Está habituado a disputar em vários controles de tempo: 3+0, 5+0, 10+0. Porém seu preferido é 3+0.

Rômulo Ramon Sousa Menezes, 31 anos, é um dos destaques no xadrez santareno

Seu rating municipal atualmente é de 1805 no Rápido e 1791 no Blitz, ainda não teve a oportunidade de participar de um evento pensado.

Rômulo está sempre “antenado”, acompanhando canais de xadrez pela internet. Os principais canais indicados por ele são: Xadrez Brasil, Rafael Chess, GM Krikor. O enxadrista Rômulo Ramon pode ser encontrado nos sites e nos Apps do LICHESS e CHESS.COM com o apelido de Nick Predador_wolf.

O atual presidente do Clube de Xadrez Roque do Tapajós, Relysson Aguiar foi um dos fundadores do Clube de Xadrez Muiraquitã, extinto em 2012. Por conta de outros afazeres acabou se afastando do xadrez. Hoje, como presidente do CXRMT, Relysson está trabalhando para tornar o esporte cada vez mais conhecido e praticado entre os santarenos.